Jussara Silveira estreou como cantora em 1989, no Teatro Castro
Alves, maior casa de espetáculos da Bahia. No ano seguinte, já ganhava
fôlego para mostrar seu trabalho no grande auditório do Museu de Arte
Moderna de São Paulo (MASP). A partir daí, tem cantado nas mais
importantes casas de shows de São Paulo, do Rio de Janeiro e muitas
outras cidades do Brasil e do exterior.Jussara não representa. É o que
é: uma apaixonada por canções. Sabe ser vigorosa ou cool. Ter leveza ou
densidade. Brincar ou ficar séria. Sua voz tem um timbre todo seu, que
se molda expressivamente às mais diversas circunstâncias de letra e
música.
Ela cresceu ouvindo o repertório erudito, na casa da
família em Salvador (Bahia). Depois cursou a prestigiada Academia Música
Atual. Estudou canto com Adriana Widmer, no Curso Preparatório de Canto
da Universidade Federal da Bahia, e canto coral com o maestro
Lindembergue Cardoso.
Mais adiante, viria a estudar técnica vocal com Maria Helena Bezzi, no Rio.
Vencedora
do Prêmio Copene de Cultura e Arte (hoje Prêmio Braskem), na Bahia,
Jussara lançou seu primeiro disco solo em 1997 (selo Dubas
Música/Universal). Participou de várias coletâneas, como o antológico CD
Diplomacia - Tributo a Batatinha (EMI) e Cole Porter e George Gershwin –
Canções, Versões, de Carlos Rennó (selo Geléia Geral/Warner)
Em
1998, lança seu segundo disco, Canções de Caymmi (selo Dubas
Música/Universal), eleito um dos melhores do ano pelos críticos do
jornal carioca O Globo.
Em 2000, gravou duas faixas no
álbum do guitarrista português António Chainho, Lisboa – Rio; e foi
convidada pelo mestre lusitano e por Maria Bethânia para se apresentar
com eles no Rio e em São Paulo.
As participações
especiais seguem com a gravação de sete faixas do elogiado CD São Paulo
Rio (selo Maianga Discos), do compositor paulista Zé Miguel Wisnik, e,
mais tarde, no disco Pérolas aos Poucos (Maianga Discos). Com Zé Miguel,
ela tem feito shows regularmente, no Brasil e no exterior, na companhia
de artistas como a cantora Ná Ozzetti e do violonista e letrista Arthur
Nestrovski.
(Em 2006, estiveram juntos em Berlim,
durante a “Copa da Cultura”.) Jussara também dividiu a Concha Acústica
do Teatro Castro Alves em shows ao lado de Nana Caymmi, Maria Bethânia e
Alcione.
O terceiro CD da cantora, Jussara, foi
lançado em 2002 (selo Maianga Discos). Nesse disco, ela interpreta um
repertório que navega pelo Oceano Atlântico para estabelecer um elo
entre sonoridades do Brasil, de Portugal e de Angola – sempre
privilegiando a voz.
Em 2006, Jussara Silveira lança
dois discos (pelo selo Maianga): Nobreza, um duo de voz e violão, em
parceria com o violonista Luiz Brasil; e Entre o Amor e o Mar, projeto
premiado no programa Petrobras Cultural e que inclui canções de
compositores consagrados, lado a lado com novos nomes da música
brasileira.
Produzido por Luiz Brasil, o CD tem a
participação de nomes como o violonista Arthur Nestrovski, o pianista
Leandro Braga e o contrabaixista Jorge Helder, entre outros artistas de
ponta da nossa música instrumental.
Também neste ano,
teve participação no disco Ode Descontínua e Remota Para Flauta e Oboé -
De Ariana para Dionísio, uma seleção de poemas de Hilda Hilst,
musicados por Zeca Baleiro.
Em 2008, juntas, Rita
Ribeiro, Teresa Cristina e Jussara Silveira formam as Três Meninas do
Brasil, uma viagem pela diversidade da música feita nos quatro cantos do
país, com direção musical de Jaime Alem, maestro de Maria Bethânia há
quase duas décadas. O espetáculo registrado no dia 24 de agosto de 2008,
no Teatro Municipal de Niterói, foi lançado em CD e DVD, pela Quitanda,
selo de Maria Bethânia.
Ainda em 2008, ao lado de
Arthur Nestrovski (violão) e André Mehmari (piano), Jussara Silveira fez
o espetáculo “Viagem de Verão: Canções e Versões, de Schubert a Caymmi”
em temporada no teatro São Pedro em 2009 e na Virada Cultural de São
Paulo.
Em 2011, Jussara Silveira gravou ao lado de Rita
Ribeiro e Ná Ozzetti uma canção para o espetáculo "Sem Mim", do Grupo
Corpo. A trilha sonora é assinada pelo músico e compositor galego Carlos
Núñez em parceria com Zé Miguel Wisnik a partir das canções de Martín
Codax, autor do único conjunto de peças do cancioneiro profano medieval
galego-portugês.
Em outubro de 2011, Jussara Silveira
acaba de lançar seu 6º disco de carreira: "Ame ou se Mande", produzido
por Marcelo Costa e Sacha Amback. "Ame ou se Mande" foi lançado pela
Joia Moderna, tem direção artística do Dj Zé Pedro.
No
início de 2012, Jussara Silveira, Marcelo Costa e Sacha Amback repetem o
êxito do formato para lançar "Flor Bailarina- canções de Angola". Em
julho de 2012, a DUBAS relança o CD "Ame ou se mande".
Sem
fazer concessões ao mainstream, Jussara Silveira segue cantando o que
acredita e gosta. Expondo sua verdade sem disfarces, acabou
transformando-se em uma artista cultuada, com público garantido onde
quer que se apresente. “Uma voz carregada de sentidos, que vão se
desnudando aos poucos”, escreveu Arnaldo Antunes. O contrário também
vale: são sentidos carregados de voz, que ela traduz e transforma em mil
e uma canções.
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