Luiz Carlos dos Santos (Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1951 – Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2017), mais conhecido como Luiz Melodia, foi um ator, cantor e compositor brasileiro de MPB, rock, blues, soul e samba.
Filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico, cresceu no morro de São Carlos no bairro do Estácio.
Foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis de 1977 até sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis (1980).
Lança seu primeiro LP em 1973, Pérola Negra. No "Festival Abertura", competição musical da Rede Globo, consegue chegar à final com sua canção "Ébano".
Nas décadas seguintes Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows no Brasil e na Europa. Em 1987, apresentou-se em Chateauvallon, na França, e em Berna, Suíça. Em 1992, participou do "III Festival de Música de Folcalquier", na França, e, em 2004, do Festival de Jazz de Montreux, à beira do Lago Leman, onde se apresentou no Auditorium Stravinski, palco principal do festival.
Participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011 (Purabossanova).
Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de MPBLuiz Carlos dos Santos, Luiz Melodia, nasceu no morro do Estácio,bairro da cidade do Rio de Janeiro,
no dia 7 de janeiro de 1951.
Único filho homem de Oswaldo e Eurídice,
descobriu a música ao ver o pai tocando em casa: “Fui pegando a viola
dele, tirando uns acordes, observando. Ele não deixava eu pegar a viola
de 4 cordas que era uma relíquia, muito bonita, onde eu aprendi a tocar
umas coisas.“
Apesar da precoce afinidade com a música, Luiz acabou contrariando
seu pai, que sonhava vê-lo um “doutor” formado: “Ele não apoiava, não
adiantou coisíssima alguma, até porque as coisas foram acontecendo.
Depois ele veio a curtir para caramba, quando ele faleceu, perdi um
grande fã.”, releva.
Começou sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo
tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em
bares noturnos. Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com
Manoel, Nazareno e Mizinho.
Depois de abandonar o ginásio Melodia passou
a adolescência compondo e tocando sucessos da jovem guarda e bossa
nova, com o grupo ‘Instantâneos” formado com amigos.
Essa experiência
juntamente com a atmosfera em que vivia - do tradicional samba dos
morros cariocas - , resultaram em uma mescla de influências que renderam
a Luiz Melodia um estilo único, logo acabou por chamar atenção de um
assíduo frequentador do morro do Estácio, o poeta Wally Salomão e de Torquato Neto.
Através de Wally, Gal Costa
acabou conhecendo um de seus compositores prediletos, resultando na
gravação de “Pérola negra” no disco “Gal a todo vapor” de 1972. Pouco
depois era vez de “Estácio, Holly Estácio”, ganhar sua interpretação na
voz de Maria Bethânia.
Foi nesta época que o artista assumiu então o nome de Luiz Melodia -
apropriando o sobrenome artístico de seu pai Oswaldo - , e lançou no ano
seguinte (1973) seu primeiro e antológico disco “Pérola negra” sua
postura porém, mantinha a mesma irreverência e inquietude, da do garoto
que tocava iê-iê-iê nos berços de samba carioca, que lhe rendeu um
estilo musical inconfundível, assim como críticas que o consideravam um
artista “maldito”, ao lado de nomes como Fagner e João Bosco, por
exemplo. “Não éramos pessoas que obedeciam.
Burlávamos, pode-se dizer
assim, todas as ordens da casa, da gravadora; rompíamos com situações
que não nos convinham. Sempre acreditei naquilo que fiz e faço” afirma o
Luiz.
Sua carreira acabou por consolidar-se no disco seguinte, “Maravilhas
contemporâneas” (1976), popularizado pela canção “Mico de circo” (1978),
que seria gravado em seu retorno ao Rio.
Nas décadas seguintes Melodia lança diversos álbuns e realiza shows, inclusive internacionais. Em 1987 apresenta-se em Chateauvallon, na França e em Berna, Suíça, além de participar em 1992 do "III festival de Música de Folcalquier" na França e em 2004 do Festival de Jazz de Montreux à beira do lago Lemán, onde se apresentou no auditório Stravinski, palco principal do festival.
Já conhecido do público e tendo alcançado seu espaço no cenário da MPB, Luiz Melodia lança “Nós” em 1980, incluindo “Codinome beija-flor”.
No disco seguinte “Relíquias” (1985), faz uma releitura com novos
arranjos para sucessos como “Ébano”, “Subanormal” - e no registro
intimista intenso de “Acústico - ao vivo” (1999), em que Melodia passeia
novamente por sua obra, agora através da espontaneidade de um disco
gravado ao vivo durante sua turnê nacional, considerado sucesso de
público e crítica.
O músico faleceu na madrugada do dia 4 de agosto de 2017, em decorrência do agravamento de um mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer que acomete a medula óssea
Foi sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula (Catumbi).
Nenhum comentário:
Postar um comentário